No meio de uma surpreendente coleção de 27 Concertos para piano, 5 concertos para violino e para trompa, além de concertos solos para flauta, oboé, clarinete e fagote, Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791) escreveu sete obras para dois ou mais instrumentos solistas e orquestra, quase todos compostos em 1778 e 1779. Juntamente com o Concertone para dois violinos e orquestra, K 187e, há uma Sinfonia Concertante, K297b, para quatro instrumentos de sopro e orquestra, cuja autenticidade é questionável, o Concerto para Flauta e Harpa, K297c, o Concerto para Dois Pianos, K316a, e a obra que ouviremos hoje, que é geralmente considerada como a composição mais significativa dele composta no ano de 1779.
Mozart era certamente um excelente violinista, mas na verdade ele preferia tocar viola quando tocava em conjunto de música de câmara. Mozart compôs esta Sinfonia Concertante provavelmente com a intenção de ficar com a parte da viola para si. A obra contém duas particularidades interessantes: Primeiramente, o naipe das violas na orquestra é dividido em duas partes (assim como o naipe dos violinos é dividido em 1º e 2º violinos), presenteando a obra com uma sonoridade orquestral mais rica no registro médio. Além disso, Mozart na verdade escreveu a partitura da viola solista
A Sinfonia Concertante segue o padrão de concerto em três movimentos. Um pomposo Allegro maestoso de abertura é seguidos por um Andante que nos remete a um dueto de amor presente em suas óperas. As cadências em ambos os movimentos são de autoria do próprio Mozart. O Presto final conclui a obra em um elevado estado de espírito.
Program Notes © 2007 by Eduardo Knob
10 de Julho de 2007
Solistas: Emerson Kretschmer (Violino)
Vladimir Romanov (Viola)
Regente: Manfredo Schmiedt